Caros selvoyeurs,
Neste post vou invocar as ninfas de "O Belo" habitualmente aclamado de Morgado e tentar produzir um texto repleto de sentimento e orgulho que finda a sua leitura proporcionará ao leitor uns breves segundos de alegria, realização ou até mesmo inveja.
Eu, enquanto Selvagem, sofri a par de todos os integrantes deste grupo de amigos uma mutação que metaforicamente a podemos associar ao esculpir de uma peça de arte em que cada vértice, cada traço e cada expressão exige incontornáveis horas, minutos, segundos e seguramente paixão.
Porquê escrever num blog, que por norma vinga pelas controvérsias, desavenças e irregularidade dos padrões do ser social, um texto com o título "Tributo" e, ficam agora a saber caso não tenham atingido, sendo esse tributo ao próprio grupo? Porquê quebrar com o ritmo destrutivo do blog e postar um tributo, ou seja, uma lamechice?
Respondo orgulhosamente, está para fazer um ano que foi instituído o movimento Selvagem na bela Faculdade de Economia do Porto.
Apelando ao espírito evidenciado e muito bem avaliado pelo meu companheiro Teixeira, aproveito este espaço para reviver e dar um pouco ao blog de todo o ano que passamos juntos, todos aqueles que se juntaram a nós e com todos aqueles que marcamos a nossa vida académica e pessoal. Ser Selvagem não é só correr para a vida sem medo das suas barreiras, não é só pegar nesta e saborea-la ao máximo e não ter vergonha de o fazer, ser Selvagem é isto mas em exponencial pois nós somos, verdadeiramente, um grupo. Em praxe fala-se em conceitos como a fraternidade e compaixão pelo companheiro do lado, fala-se num grupo, numa família, em algo que toda a gente acredita acima de tudo. Nós falamos no mesmo só que com uma particularidade que nos distingue, nós somos e realizamos isso mesmo.
Fomos e somos, actualmente de forma menos densa, criticados e olhados de lado pelos corredores da faculdade, muita gente nos apontava o dedo por sermos uns inconscientes, uns perseguidores da preversidade dos poderes instituídos, uns autênticos saqueadores da dignidade da praxe de Economia. Apresentamo-nos perante toda a gente de pé firme e com esse mesmo pé permanecemos mesmo nas ocasiões em que a nossa domadora da paciência foi chicoteada.
E porquê?
Fizemos muita merda, sim. Actuamos que nem vândalos, sim. Pronunciamos frases de bradar aos céus, sim. Ultrapassamos todos os limites, nem por isso. Simplesmente gozamos do nosso livre arbítrio e tentamos tirar máximo partido dos direitos que nos assistem, viver.
Mas onde quero chegar é ao espírito que acaba por ser espelhado em todos os pequenos detalhes. Conseguimos elevar acima do nome Selvagem as pessoas, a nossa amizade.
E ao nome Selvagem vai ficar sempre associado momentos inesqueciveis e incriveis desde a televisão do "Carlos Alberto", ao piso de cima do "Estrela", às ruas do Porto, às escadarias das traseiras da Faculdade, aos cânticos em pleno temporal na churrasqueira, aos penteados fashions, às raparigas do metro, à Festa das Cruzes, ao futebol às 6 da manhã, aos extintores do Squiggle, ao gorro do Paulinho, ao reportório musical em língua inglesa do Fânzeres, às indisposições de estômago do Cris, ao "inacreditável" do Élio, às choraminguices do Vaz, à cultura Portuguesa do Morg, aos 500000 no estádio do Braga do Nandinho, à mestria musical do Zé Pedro, aos óculos ninja do Doninha, aos 69 comentários do Teixeira, a todo o gozo que nos deu ver os novos Selvinhos beber garrafas inteiras de vinho e agora a este tributo em forma de escrita a ser repetido com um belo brinde no próximo jantar.
Parabéns a todos e um especial à nossa bela Selva.
E para terminar...
"O MUNDO É UMA SELVA MAS NEM TODOS SÃO SELVAGENS"