Os Contadores de Histórias

Avé Selva,

Antes de soltar o cordão umbilical que acorrenta a imaginação ao meu encéfalo aproveito para agradecer, de forma carinhosa e sincera, a todos os indivíduos que sempre nos apoiaram e respeitaram durante a criação, e a devida emancipação, deste movimento de sentimentos e ideologias, ao qual socialmente designamos de SELVAGENS.

Não será dificil de se aperceberem que todo e qualquer texto ou dissertação postado neste blog é sobre o conceito de SELVAGEM, é sobre as vivências dos SELVAGENS, é sobre a "bandeira" que defendemos com o nosso fiel e sempre à altura - fígado.

Passemos então ao cérebro da questão - a Selva.

"Oi, que fazes? Donde vens? Para onde vais? Com quem?"

Como qualquer povo, raça ou religião, a sua identidade explicasse através de todo o seu processo de formação, inclusivé a sua história.
O conceito de Selvagem e todos as de mais ideologias que deste advém não existem pelo mero acaso de existirem, bem, talvez existam e aí é que está a essência de toda a grandeza que representamos.

« Tudo começou à um tempo atrás na... » exaustiva Faculdade de Economia do Porto.
Um número de jovens de sexo masculino com atributos físicos e psíquicos inigualáveis, equiparados, em algumas situações da vida, a verdadeiros Deuses do Olimpo, que partilhando um grande amor decidiram passar a fazer o tributo a este de forma conjunta - Jantares.
Para todos os menos atentos, ou menos capacitados, esse amor é o sempre presente e adorado Álcool (note-se Álcool com leta maiúscula, o que comprova que o amor é mesmo amor e o seu respeito é mesmo o dito respeito).

Começamos a organizar-nos no ano lectivo transacto enquanto sujeitos ainda às regras e imposições do sistema jurídico (trocando por miúdos, praxista) que legisla a liberdade/auto-conduta dos novatos dentro da FEP.
Sim, eramos caloiros da Faculdade de Economia do Porto.

"Ai, ui.. Selvagens! Mas afinal o que vos distingue?"

Sem rodeios, o que distingue um ser Selvagem de um outro qualquer é simplesmente a maneira semi-anárquica com que encara a vida e o gosto apurado para o álcool.
Daí a problemática que surgiu em torno dos Selvagens e as suas actividades dentro e fora da "nossa" Faculdade (não sob num sentido de posse, mas uma expressao demonstrativa de todo o nosso afecto, citando o ilustre Selvagem Simão).

Assim sendo, um verdadeiro Selvagem é fruto de uma necessidade extrema de "Fieesstaaaa", "Álcool" e principalmente espírito de camaradagem - amizade.
A amizade sobre a sua forma mais pura, nada se assemelha à neo relacao amistosa como cowboyadas, passeios nas montanhas ou ir à pesca e não trazer peixes (quando o que não falta é o que pescar!). O sentimento Selvagem é inato, é uma força que por vezes achamos que nos transcende (note-se que desde já a realidade Selvina é deusificada) e nos obriga a actuar de forma a que muitos chamam de inconsciente e desmedida (mas o que é que no mundo da selva se mede com uns instrumentos do mundo humanó-banal?).

O Selvagem é, sem dúvida, matéria para uma nova temporada nos Ficheiros Secretos, não só pela sua dimensão como também pela sua incompreensão aos olhos do socialmente/politicamente correcto/aceite.

"Sim, ok. Começo a achar interessante... Têm rituais? Cortam os pulsos? Andam nus na rua sob forma de protesto? Esperam ser conhecidos e convidados para Reality Shows?"

Agora que a minha dissertação acerca da história e desenvolvimento do movimento Selvagem começa a ganhar os traços de uma verdadeira obra de Van Gogh, sinto a necessidade de expôr algumas das particularidades que definem a presença dos Selvagens no meio humano e animal.

Cânticos, gritos, mandamentos e frases peculiares são emanadas de forma expressiva pelo ser Selvagem (...)

(Nota: Pequeno parágrafo informativo para que o visitante fique alertado para o facto de que 80% da fala/expressão humana não é feita via oral. Sim, esteja atento a qualquer tique, espilro ou bocejo porque pode ser uma forma oculta de o mandar para o caralho)

Retomando o assunto em causa, (...)o que faz com que para além de uma identidade paranormal tenhamos um reportório musical e textual digno de indíce de um dicionário pós-moderno.
Entendam que a índole de cada esquema frásico por nós proferido é sempre extremamente coerente e com, do qual sempre faremos questão, um objectivo sempre bem delineado (caso, porventura, aquando a ejaculação de uma frase peculiar não esteja expresso o seu objectivo, o que pode provocar desentendimentos ou falsas interpretações, é favor de nos enviar convocatória de acordo com o sistema jurídico em que acredita).

Falemos de Cânticos. Provavelmente irá sair um post neste mesmo blog acerca das nossas qualidades musicais e do lançamento do nosso CD a ser apresentado em serenata numa mata a definir, hora a definir e com álcool à discrição, CD este que nos tornará nas mais recentes coqueluches do desvaneio que é a música académica.

(Nota: Encontrarão entre as diversas faixas o "Em qualquer lado, em qualquer tasco, só para beber... Selvagens Allez", ou o "O coiso é paneleiro, oh ohoh ohhhhh" ou até mesmo aquele grande hit que é o "Morte ao Sistema, o Sistema vai morrer".)

Sem mais assunto, quer dizer assunto não falta.
Para finalizar, não, também não que já ouvi isto em qualquer lado.
Em suma, parece-me bem, os Selvagens são e passo a citar "um grupo de amigos com um objectivo comum a todos aqueles que desejam uma vida saudável - diversão".

"Oh, já vais? E os mandamentos? Não respondeste se queriam ser famosos! Vao aos castings dos morangos? Foram voces que riscaram o carro ao setor que tem 4 filhos em que um é obeso e corre 3 mins todos os dias, o outro é perseguido por piratas nazis, o outro acha que por ter uma letra cortada no cabelo (conheço um barbeiro bem melhor em que não pagas e ainda te deixa levar o cabelo para guardares no bolso do teu casaco preto fashion igual ao de mil pessoas) tira o lugar ao ricardo e as suas garras de leão ou até mesmo uma filha que apesar do seu novo look continua uma saloia ao bom jeito do mercado do bolhão? Tenho tantas questões para colocar aos Magnatas Selvagens!!"

Eu sei que agora que vos desvendei um pouco do segredo Selvini vocês só querem é mais... (um aparte, por falar em mais, "SUAS QUÊ?") Querem mais e há-de vir o mais, para já ficam com este pequeno prólogo do mundo Selvagem.

"SUAS PUTASSSSSSSS!"

(Última Nota: Num próximo post explicaremos as origens do "Suas Putas" e o seu fundamento ao nível social. Torno a deixar claro, que tudo o que é exposto neste blog tem fim social e pedagógico orientado, logo afirmações Selvinas são factos consumados.)

Atenciosamente,
André Soares



SAUDAÇÕES SELVAGENS